Esta é a primeira de um conjunto de publicações dedicadas à divulgação de aspectos e peças integrantes dos acervos do Museu da Vista Alegre, em Ílhavo.
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Fachada do Museu da Vista Alegre, 2017. © CMP |
Desde o século XIX, que a fábrica da
Vista Alegre, fundada em Ílhavo, em 1824, demonstrou interesse na conservação e divulgação de aspectos da sua manufactura.
O prestígio alcançado pela fábrica levou a que exemplares de algumas das melhores peças aí produzidas fossem arquivadas ao longo dos anos e finalmente organizadas em núcleos expositivos, em 1947, quando é criado o primeiro Museu da Vista Alegre, instalado no palácio contiguo à capela, no Lugar da Vista Alegre.
Em 1964, com o crescimento da marca e a sua afirmação no mercado internacional, o museu foi ampliado e aberto ao publico, estabelecendo-se nas antigas instalações fabris, agora desactivadas, substituídas por outras modernizadas. Este espaço, de maiores dimensões, revelou-se o ideal para alojar um acervo mais vasto, composto por peças de vidro e porcelana, desenhos e outro material documental.
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Aspecto exterior das primeiras instalações do museu e busto do fundador da fábrica,
José Ferreira Pinto Basto (1774-1839). © CMP |
O Museu sofreu renovações em 2001 e novamente em 2016, quando foram delineados a configuração e projecto museológico actuais, cujas ambições são: "mostrar a história da fábrica, a evolução estética da produção de porcelana, e a sua importância na sociedade portuguesa nos séculos XIX e XX, através de um dos mais completos espólios museológicos do género que conta com mais de trinta mil peças."
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Pote de forno de vidro da primeira fábrica, exterior do Museu da Vista Alegre. © CMP |
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Pavimento cerâmico no átrio exterior, Museu da Vista Alegre. © CMP |
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Grande forno da firma Paul A. F. Schulze, Dresden, no átrio interior,
Museu da Vista Alegre. © CMP |
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Interior do forno, tijolo refractário vidrado. © CMP |
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Interior do forno, pormenor do tijolo refractário vidrado. © CMP |
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Pormenor exterior da fornalha. © CMP
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Este forno esteve em funcionamento até finais da década de 1980, no seu interior pode observar-se o princípio da operação de enfornamento. Um processo moroso e complexo que exigia muita prática dos operários responsáveis. As caixas refractárias, chamadas gazetas, de formato cilíndrico eram dispostas em círculo junto à parede, depois avançando e empilhando-se até preencher a totalidade do interior do forno. Dentro de cada caixa estava colocada uma peça de porcelana. Os números que podem observar-se no exterior de algumas caixas, servem para identificar o último operário que usou cada uma delas. Terminado o processo de enfornamento, a porta era selada com tijolos e barro cru, iniciando-se o aquecimento do forno a lenha, que atingiria os 1400º. Cerca de 40 horas mais tarde a porcelana terminava a sua cozedura.
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Vista interior do forno nº 10, construído em 1947. © CMP
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Busto em mármore do fundador, José Ferreira Pinto Basto (1774-1839). © CMP |
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Detalhe da grande fotografia de grupo dos operários, realizada em 1924,
ano do centenário da Vista Alegre. © CMP |
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Página do álbum de desenhos de Victor Rousseau, 1935. © CMP |
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Vista parcial da sala dedicada às várias actividades da comunidade fabril. © CMP |
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Detalhe da sala dedicada às várias actividades da comunidade fabril. © CMP |
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Tamancos com sola de madeira, usados pelos operários. © CMP |
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Cinzeiro foot-ballista do Sporting Club da Vista Alegre, 1924. © CMP
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Serviço de mesa da Creche da Vista Alegre, 1947-1968. © CMP
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O edifício da antiga Creche da Vista Alegre foi também recuperado e reconvertido em extensão educativa do Museu Vista Alegre. Datado de 1944, este espaço acolhia e cuidava dos filhos dos trabalhadores, representando um importante apoio social para a comunidade. Actualmente alberga o serviço educativo do museu.
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Aspecto parcial das reservas do Museu da Vista Alegre. © CMP |
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Aspecto parcial das reservas do Museu da Vista Alegre. © CMP |
Continua em:
Algumas peças do Museu da Vista Alegre II
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