A SECLA (Sociedade de Exportação e Cerâmica, Lda.) foi fundada após a Segunda Guerra Mundial, tendo como principal objectivo a exportação para o mercado norte-americano, ao longo dos anos foi alargando o seu território comercial, tendo encerrado definitivamente em 2008.
A Sociedade nasce nas Caldas da Rainha, em Dezembro de 1946, pela mão do seu fundador Joaquim Alberto Pinto Ribeiro (1921-1989), após uma primeira fase de laboração, iniciada em 1945, sobe a designação de Fábrica de Cerâmica Mestre Francisco Elias (homenageando o ceramista local), e protagoniza uma importante renovação do gosto tradicional português, introduzindo uma linguagem moderna.
A produção da SECLA nas décadas de 50 e 60 reflecte claramente as preocupações do seu tempo, por um lado uma tendência para a mecanização na elaboração de peças funcionais, cujo desenho escorreito domina a produção corrente, por outro a abertura à experimentação acolhendo artistas e designers que, não só contribuem para melhorar a qualidade da produção corrente, como desenvolvem peças inovadoras, subsidiárias de uma gramática contemporânea, comum à mais avançada produção europeia e americana da época.
Os saleiros e pimenteiros em faiança, abaixo apresentados, são bons exemplares das tendências decorativas da época, explorando o grafismo abstracto executado à mão livre.
A forma é composta por dois troncos de cone de tamanhos diferentes e a decoração consiste num padrão pintado de listas horizontais e asteriscos.
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SECLA - Saleiro e Pimenteiro, Anos 50. © CMP |
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SECLA - marca de fábrica. © CMP |
A marca de fábrica usada durante a década de 50 foi SECLA PORTUGAL ou SECLA MADE IN PORTUGAL, em caracteres não serifados em caixa alta, em carimbo ou punção.
Qualquer esclarecimento sobre as peças publicadas ou a datação das marcas de fábrica será muito apreciado.
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