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Museu Nacional do Azulejo apresenta TEMPOS MODERNOS | CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS | COLECÇÃO AM-JMV, a primeira exposição realizada em Portugal inteiramente dedicada ao design para a indústria cerâmica nacional, da primeira metade do século XX.
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Fábrica Aleluia, Aveiro - Jarra modelo 31 (transformado), c. 1935-45. Fotografia Tiago Pinto. |
Exclusivamente constituída por uma selecção de cerca de quatrocentas peças pertencentes à colecção particular AM-JVM, a exposição procura evidenciar as relações entre a produção cerâmica portuguesa e o contexto internacional, no rescaldo das vanguardas artísticas do início do século XX, centrando-se no período entre as duas Grandes Guerras. Considerando uma larga amostra de manufacturas representativa do tecido industrial da época: Fábrica de Sacavém; Aleluia; Vista Alegre; Massarelos; Lusitânia; Sociedade de Porcelanas de Coimbra; entre outras; e objectos de várias tipologias: serviços de mesa; candeeiros; floreiras; caixas e figuras; trata-se de um sólido conjunto de peças de uso doméstico que apela à memória colectiva do país.
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Saleiro Rã - modelo original de Edouard Marcel Sandoz (1881-1971), Théodore Haviland- Limoges, 1916; e modelo Vista Alegre, c.1930. Fotografia Tiago Pinto.
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Sociedade de Porcelanas de Coimbra - Serviço de café modelo Porto, c. 1930-1937 Fotografia Tiago Pinto.
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Reveladora de um apurado sentido de sistematização, a coleção foi construída ao longo de várias décadas por António Miranda e José Madeira Ventura. Historiador da Câmara Municipal de Lisboa, António Miranda, foi diretor interino do Museu da Cidade e coordenador do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, onde comissariou, entre outras, as exposições
Varinas de Lisboa - Memórias da Cidade (2015) e
A Lisboa que teria sido (2017); José Madeira Ventura foi coordenador da Biblioteca do Departamento de História da Arte e da Biblioteca Geral / Biblioteca Mário Sottomayor Cardia, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa. Com aprofundado interesse pela história do design e das artes aplicadas, os colecionadores dedicaram-se a reunir um conjunto de peças demonstrativas da circulação de modelos e contaminação entre a produção cerâmica europeia. Algumas delas mostradas na sua página
Moderna uma outra nem tanto.
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Fábrica de Loiça de Sacavém - Castiçal-floreira, c. 1930-40. Fotografia Tiago Pinto. |
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Fábrica de Loiça de Sacavém - Peças de serviço de mesa, c. 1930-50. Fotografia Tiago Pinto.
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A exposição TEMPOS MODERNOS tem curadoria de Rita Gomes Ferrão (responsável por esta página), investigadora do Instituto de História da Arte da FCSH-UNL, autora dos livros Hansi Staël: Cerâmica, Modernidade e Tradição (2014) e Querubim Lapa: Primeira Obra Cerâmica 1954-1974 (2015). Historiadora de arte e curadora, cujo trabalho se tem centrado no estudo das relações entre a produção de cerâmica portuguesa e o modernismo, em contexto internacional.
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Fábrica da Vista Alegre - Base de candeeiro, c. 1930. Fotografia Tiago Pinto.
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Fábrica Electro-Cerâmica - Lebres e Coelho branco, c. 1940. Fotografia Tiago Pinto.
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TEMPOS MODERNOS | CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS | COLEÇÃO AM-JMV, inaugura a 27 de Setembro de 2018, pelas 18:30h, nas salas de exposição temporária do Museu Nacional do Azulejo e manter-se-á até 2019.
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Fábrica Aleluia - Taça modelo 87 – A, c. 1935-45. Fotografia Tiago Pinto.
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